Rio
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O Tribunal de Justiça do Rio acatou o pedido da prefeitura de Niterói e determinou que a concessionária Enel restabeleça os serviços de energia elétrica na cidade, no prazo de seis horas, sob pena de multa diária de R$ 100 mil. A decisão veio na tarde desta segunda-feira, depois de a Procuradoria do município entrar com uma ação cobrando soluções emergenciais da empresa. Desde o último sábado, vários pontos da cidade ficaram sem luz.

Neste domingo, em protesto pelas quase 24 horas no escuro, moradores do Fonseca atearam fogo em objetos e interromperam a passagem de veículos na Rua Desembargador Lima Castro. Houve relatos de manifestações em Camboinhas, na Região Oceânica, e no Caramujo, na Zona Norte da cidade.

Rua Desembargador Lima Castro, no Fonseca, em Niterói, teve barricadas de fogo em protesto à falta de luz na região — Foto: Reprodução
Rua Desembargador Lima Castro, no Fonseca, em Niterói, teve barricadas de fogo em protesto à falta de luz na região — Foto: Reprodução

Em nota, a prefeitura de Niterói informou que além das ações emergenciais, também "cobra uma atitude colaborativa por parte da Enel. Após ser aprovada a Lei da Fiação, de 2014, na Câmara de Vereadores, para enterrar a fiação e reduzir contratempos como a da falta de energia, a prefeitura solicita uma iniciativa da empresa para colocar em prática essa solução. Quando a Lei da Fiação foi aprovada, a Enel, na época Ampla, recorreu à justiça contra a lei, disputa que ainda persiste."

Procurada nesta segunda-feira, a Enel ainda não se manifestou sobre a decisão da Justiça do Rio.

O município de Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio, informou, neste domingo, que a Procuradoria-Geral do Município vai dar entrada, nos próximos dias, em mais uma ação judicial contra a concessionária de energia, e que trabalha para "responsabilizar judicialmente a empresa Enel pela má prestação de serviço".

Frente fria causou prejuízos

Após o temporal e os fortes ventos que atingiram a região metropolitana do Rio, no início da noite do último sábado, moradores da capital fluminense e de Niterói relataram diversos problemas no fornecimento de energia elétrica. Por causa da tempestade, eventos de grande porte que estavam marcados precisaram ser cancelados, como o show da cantora Marisa Monte e o festival Viva Zumbi, marcado para esta segunda-feira, Dia da Consciência Negra.

Na capital, em pelo menos seis bairros a energia elétrica foi interrompida em consequência da chuva: Tijuca, Olaria, Penha, Bonsucesso, Glória e Gávea. A concessionária Light afirmou que equipes de emergência estão nas ruas para solucionar os problemas e pretende solucionar os casos "o mais breve possível”.

— É uma situação surreal ficar tanto tempo sem luz, inclusive no dia mais quente do ano. Uma equipe da Light chegou a vir aqui, na noite de sábado e fez um serviço, mas, dois minutos depois de ir embora, o transformador que os técnicos mexeram explodiu. Teve morador que ainda correu atrás do carro da empresa, mas não consegui alcançá-lo — contou Felipe de Souza, síndico de um prédio da Rua Moura Brito, na Tijuca, que estão há mais de 30 horas sem luz.

Na Glória, moradores da Rua Manoel Lino, no Santo Amaro, afirmaram que um cabo elétrico pegou fogo após a ventania que veio com chuva.

— Já fizemos inúmeras ligações e o que recebemos até agora foram os números dos protocolos das ligações — disse um deles, que preferiu não se identificar.

Em Niterói, o bairro de Icaraí, na Zona Sul da cidade, foi um dos mais atingidos por problemas no fornecimento de energia. Sem luz há mais de 20 horas, quem vive na região usou as redes sociais para desabafar sobre a situação. Em Itaipu, uma área ficou sem luz por volta das 22h de sábado e a previsão de reestabelecimento é só 21h de domingo. A informação foi dada aos moradores pelos canais de atendimento da empresa Enel.

“Sem luz tem mais de doze horas, com criança pequena em casa. Geladeira nas últimas. O serviço da Enel deixa muito a desejar”, relatou um usuário em uma página do Instagram.

Em nota, a Enel, concessionária que fornece energia elétrica para o leste fluminense, informou que "76% dos clientes afetados pela intensa tempestade registrada na noite de sábado tiveram o serviço normalizado. O evento climático, com chuva, rajadas de vento e descargas atmosféricas, causou danos severos à rede elétrica de várias cidades fluminenses, interrompendo o fornecimento de energia. Neste momento, as cidades mais afetadas são Niterói, Maricá, São Gonçalo, Itaboraí, Petrópolis e Macaé, além de municípios da região dos Lagos. Dando sequência ao plano verão preparado para este período crítico, foi acionado imediatamente um reforço no número de equipes em campo, que atuaram durante toda a noite para agilizar o atendimento às emergências. A Enel segue trabalhando com força total para recuperar todos os clientes".

Esta semana, moradores da Rocinha, na Zona Sul, fecharam o túnel Zuzu Angel, em protesto à falta de luz na região, que, segundo eles, durou cerca de nove dias consecutivos. Por conta da mesma situação, moradores do Morro do Vidigal também protestaram contra a falta de luz em pontos da comunidade na Avenida Niemeyer.

Após as reclamações sobre a falta de luz, a concessionária Light afirmou, em nota, que "reforçou as equipes de campo para garantir o restabelecimento de energia de moradores de diversas regiões da cidade que foram impactados por um problema em Furnas, ventos e chuva".

A concessionária disse, ainda, que no sábado, bairros da Zona Norte e da Baixada Fluminense foram afetados após uma ocorrência em Furnas sobrecarregar o sistema elétrico da Light. Seguindo protocolos de segurança, a distribuidora precisou cortar as cargas das subestações Pavuna e Colégio, impactando o fornecimento de energia para os clientes destas regiões. As subestações Washington Luís, Meriti e São João, todas na Baixada, desarmaram em função desta mesma ocorrência. Segundo a empresa, todos os clientes foram religados entre a noite de sábado e madrugada de domingo.

Já na Rocinha, a concessionária informou que "técnicos trabalham há 11 dias para normalizar a situação, tendo inclusive iniciado uma operação especial no sábado, com o reforço de mais 10 equipes de campo". A empresa alega que na localidade, "as instabilidades na rede de energia elétrica são constantes devido ao alto índice de gatos, que sobrecarregam a rede", citando que "pouco tempo após o serviço ser restabelecido, a distribuidora recebe novas queixas de quedas de energia devido à sobrecarga na rede em função de ligações clandestinas, que na comunidade chegam a 84% das residências".

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